Fiz este post à uns dias atrás lá p’ro Kings 0f Metal, à pedido do brother The Somberlain, e não podia deixar de colocar aqui também…Na verdade, faz tempo que venho planejando postar algo à repeito do assunto, queria fazer algo mais amplo, mais abrangente e caprichado, mas…ando sem tempo(dããã…que novidade…)…
Mas vamos por partes, então, como ensinou o velho Jack…
1- CABEZA DE TRACTOR.
2- ESCUELA RURAL PATRIA PELADA.
3- SAGRADO CORAZON.
4- SIRVA OTRA VUELTA PULPERO.
5- MATE AMARGO NUESTRO.
6- LLENO DE ODIO.
7- LAS NOCHES MÁS TRISTES.
8- LA LUCHA ESTA EN VOS.
9- COMO ESTABA AHÍ DIOS.
10- A JOSE ARTIGAS.
11- DESTINO.
Uma coisa sempre tive comigo é como a gurizada aqui do sul nunca se tocou o qüanto a nossa (verdadeira) música tradicionalista e o (puro) Metal são interligados…Na parte lírica os temas épicos, a exaltação de valores como coragem, determinação, perseverança, amor à terra, às tradições antigas, o retrato das duras realidades sociais…e, além disso, não seriam as ”cavalgadas” metálicas nada mais que uma evolução natural das batidas e levadas flamencas, da guitarra espanhola? A mesma raiz de onde brotaram nossas milongas gaudérias…
Pois bem, o que faltou sempre foi a simbiose entre esses dois universos, pois, se o Metal é a música elevada à máxima potência, por que não promover então essa reverência às origens, potencializada por pesadíssimos acordes? Mas aqui no sul do Brasil, como em outras partes, a galera que faz um som pesado sempre preferiu se voltar p’ra outros temas, outras questões que não a valorização das coisas nossas, nativas…Infelizmente. Temos, por exemplo, o Toccata Magna(já postada aqui, é só olhar nos arquivos), uma banda excelente, que pratica um Heavy mesclado à inflências andinas, usando ainda instrumentos característicos…mas cantam em inglês, acompanhando sempre a tendência vigente há tempos, já visando uma deixa no mercado europeu ou americano. Metal brasileiro ”for export”, p’ra gringo ver e achar…pitoresco. Desculpa se pareço radical, mas…
…Existe hoje essa vertente, com todo o sabor da tradição, do atavismo, e que precisou o alvorecer do novo milênio p’ra se manifestar…Uma vertente musical que já tem até um daqueles temíveis rótulos: chamam de Metal Criollo, e é praticada por grupos do Chile, Uruguay e , sim, amarguem essa, Argentina (grupos como Almafuerte, Pecho y Fierro, Aonikenk)…Na verdade, penso que o pioneiro nessa história toda tenha sido mesmo o legendário(e polêmico) Ricardio Iorio, fundador nos anos 80, junto a outro Ricardo, o ”Chofa” Moreno, da primeira banda de Heavy latino americana: o V8. Depois da dissolução desse grupo, Iorio montaria o Hermética, onde começaria já a ensaiar algumas adaptações de temas folclóricos, payadas, tangos, zambas, milongas, em versões metaleras…e depois disso ainda, e até hoje, o taura segue com seu Almafuerte(nome emprestado do poeta Pedro Bonifacio Palacios, uma espécie de Boca-do-Inferno argento, um homem que viveu sempre solitário por lutar contra as normas e convenções da sociedade, e tentar passar às juventudes ideais libertários), dando segmento à este trabalho, inspirando e apadrinhando novas gerações metálicas.
Como é o caso dessa banda matadora la das barrancas do Uruguay, o CUCHILLA GRANDE…Ricardo Iorio de certa forma alavancou a carreira dos caras ao gravar três temas deles nos álbuns de sua banda, e participou das gravações do cd debut dp Cuchilla na canção ”Mate Amargo Nuestro”. Justamente este disco que tenho o prazer de deixar aqui p’ra apreciação de vocês…
40 MB………128kbps
Dentro vai um arquivo de texto com mais informações e um link da Wikipédia.
Como bem observou o Somberlain, ”som bagüal mesmo”, hehehe(só lamento o bitrate baixo, mas dá p’ra perceber que essas cositas não são lá muito comuns de achar)…
…Agora só falta a gauderiada brasileira se animar a fazer também o seu Metal Crioulo, pelo menos p’ra vingar a mancha deixada na honra da tradição riograndense por esses ”tchês” de merda, que se apresentam como a modernidade da música gaúcha…
Espero que curtam, galera…não só o pessoal aqui do estado, mas todo mundo que curte um Metal de categoria.
Aquele quebra-costela do tamanho do Rio Grande!!! Hasta la vuelta!!!
Ah! E relembrando: quem quiser entrar no
Kings, é só deixar o e-mail aí nos comentários que eu mando um convite!