Archive for the ‘Erudito’ Category

Vivaldi: The Meeting – Lorenzo Arruga, Dave Lombardo & Friends (1999)

junho 11, 2007


1. Un Apparizione 06:03
2. Una Seida: “La tempesta D’Estate” 03:19
3. Preludio Alla Pena Amara 04:40
4. Vedro Con Mio Diletto 06:50
5. Nel Profondo 04:51
6. Agitata Da Due Venti 06:06
7. Un Congedo: Il Canto Del Pastore 03:45

E mais umas daquelas pirações de misturar erudito com peso…o Lombardo dispensa apresentações, e em 99 gravou ao lado do maestro italiano Lorenzo Arruga estas releituras de algumas obras de Vivaldi cheias de tambores e pratos…curioso, estranho e…bem interessante até, ouçam!

48,35 MB………192 kbps

Download do Álbum: http://www.mediafire.com/?cneyd1gzhwx

Esta pérola eu achei lá no Lágrima Psicodélica, gracias ao pessoal de lá!

Erudições Metálicas

janeiro 31, 2007

Outra coisa que todo mundo já sabe de cor é que essa história de fazer música ”grande”, barulhenta e poderosa, não é nova. Hoje, em função dos modernos equipamentos de amplificação, o negócio só se tornou, digamos, mais prático. Mas qüal seria a idéia de um Wagner da vida, por exemplo, ao reestruturar os elementos da orquestra, ou do luthier francês Jean Vuillaumeir, que já em 1850 chegou ao extremo de criar o Octobass , (um instrumento de três metros e meio de altura, que necessitava de dois músicos p’ra ser tocado) cuja freqüencia estava abaixo das que o ouvido humano consegue captar?!
Well, as everyboby knows, Wagner, Rossini, Mozart, Bethoven, Vivaldi…o que esses caras todos queriam mesmo era abalar os alicerces da Terra, fazer o chão tremer, as paredes racharem… tocar e emocionar as pessoas usando os sons, a música.
Bueno, isso não seria a essência do Heavy Metal?
Eis a nossa deixa, então! Partindo da escolha de temas, até a própria estrutura das composições, o Metal, desde que se entendeu assim, sempre foi buscar sua inspiração na Música Clássica e nas canções medievais dos bardos menestréis…As similaridades não param aí, pois muitos dos grandes gênios de outrora também foram marginalizados e menosprezados à seu tempo; vejamos por exemplo o Paganini , primeiro grande virtuose que se tem notícia, e também o primeiro músico à ”vender a alma ao diabo”. E sempre, no final, a obra, a música eterna, se sobrepõe e fica acima de qüalquer rumor…


Fizemos mais um pequeno apanhado…dessa vez enfocando os exemplos mais explícitos desse ”reencontro” com o Clássico, que se tornou comum de uns tempos p’rá cá. Sim, faltaram muitas coisas, com certeza, trabalhos que muitos consideram essenciais não aparecerão, mas frisamos que outra vez foi apenas o que pudemos encontrar. Duas dessas coisas o Brankinho ‘tá ainda tentando providenciar p’ra gente, que são o Tributo de Piano ao Iron Maiden, e o Sabbatum, do grupo Rondelus, um tributo ao Sabbath feito com instrumentos medievais e cantado em latim! Assim que esses chegarem, serão disponibilizados…e da mesma forma, se alguém possui algum trabalho com essas caracteísticas, fundindo Erudito com Rock, não se façam de rogados e enviem p’ra gente!
Até a próxima, galera! Enjoy it!
…Começando com uma seqüencia da série The String Quartet Tribute…

Dias de um passado perdido…

janeiro 30, 2007


Pois muito bem, já que a parada eram orquestras e coisa e tal, uma boa pedida seria colocar aqui aquele S&M, o disco do Metallica com a Orquestra Sinfônica de São Francisco, afinal é mesmo um ótimo disco (talvez o derradeiro, o canto do cisne…), e trovaríamos fiado a noite toda sobre o potencial da combinação de clássico e metal e blá,blá,blá…Mas isso todo mundo já sabia! Pelo menos o pessoal que já vinha acompanhando a banda a um tempinho…’Taí em cima o Apocalyptica p’ra não me deixar mentir sozinho. O disco com orquestra foi algo como uma confirmação do que a banda sempre fez até ali…
Acho que o motivo principal de haver tanta raiva do Hetfield e do Lars hoje (indignação que compartilho) é principalmente este: o Metallica foi uma banda extremamente arrojada e técnica, e os fãs acreditavam na honestidade dos caras; lançar,como eles fizeram, um álbum (Saint Anger,nome adeqüado ao menos) totalmente direcionado à demanda do mercado, sob o pretexto furado de ”ficar antenado” ou ”se manter atual”(e ainda com timbragens de gosto duvidoso…), foi p’ra galera como uma facada nas costas…como se os fãs tivessem sido enganados o tempo todo.
Mas voltando…Qüando se fala em obras-primas da banda, vem logo à frente Master of Puppets, ou mesmo o soturno Ride The Lightining (meu favorito), creio que principalmente por se tratarem dos últimos registros do legendário Cliff Burton (ser como este certamente nunca haverá igüal).
Todavia, poucas vezes se ouve falar DESTE disco, …And Justice For All (1988), onde inegavelmente os caras haviam atingido o ápice de sofisticação nessa síntese de Metal agressivo com a sonoridade erudita, criando temas gigantes repletos de variações rítmicas e melódicas, à exemplo de To Live Is To Die ou da faixa título. Traz também suas melhores letras, vide Dyers Eve ou mesmo One.
Particularmente, comecei a ouvir o Metallica à partir deste trabalho, um pouco antes do lançamento do álbum preto. Na época, o clima era meio que de ”provar” que aqueles cabeludos mal-encarados não eram meros delinqüentes sem cérebro…e eles capricharam. Tanto que os sujeitos sempre declararam não curtir muito tocar estas canções nos shows, tamanha a dificuldade técnica das mesmas.
E era a estréia do grande Jason Newsted (logo após a sabatina no Garage Days), notório por sua arrasadora presença de palco. Não era o Cliff, mas apesar do estilo diferente sempre foi o substituto à altura. Tem também aquela outra polêmica, sobre o baixo deste disco ter ficado ”espremido” na mixagem, e realmente o som poderia (aliás, deveria) ter ficado mais evidente…de qüalquer forma, penso isso do Master também…baixistas, independente de seu calibre, são sempre boicotados nas bandas, sad but true, hehehe…Se tu clicares AQUI , vai poder conferir, no You Tube, as mixagens alternativas que alguém fez e pôs lá; e AQUI , as demos do álbum.
Isto sim era uma banda ao vivo…
Jason, o performer…
Assistir a estes vídeos dá mesmo uma dor por dentro…um passado glorioso, reduzido à nada. Pouco provável que o Metallica volte a lançar algo criativo, afinal, o que resta hoje p’ra eles provarem? Que não são uns bundões totais, talvez, e que seus fãs não foram trouxas…
É uma pena a banda hoje viver apenas de arrastar sua lenda, ao invés de realmente ter acabado…ficaria mais bonito p’ra cara deles.

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